FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL E SEUS BENEFÍCIOS

 

Fisioterapia Neurofuncional é a área de especialidade da fisioterapia que atua de forma preventiva, curativa, adaptativa ou paliativa nas sequelas resultantes de danos ao sistema nervoso, abrangendo tanto o sistema nervoso central como o periférico, bem como aqueles com doenças neuromusculares (do neurônio rotor da placa motora e do músculo propriamente dito – miopatias).

 

O fisioterapeuta neurofuncional tem a responsabilidade de avaliar o paciente, dar o diagnóstico cinético funcional, prescrever o tratamento e realizá-lo.

 

No caso específico da esclerose múltipla, de acordo com a fisioterapeuta Camila Caso, a fisioterapia neurofuncional ajuda a prevenir e reabilitar as partes afetadas pela doença, melhorando a qualidade de vida do paciente. Ela atua no tratamento para minimizar os sintomas, ajudando-o nas suas atividades de vida diária.
“É preciso dizer que a fisioterapia não evita que os sintomas da doença apareçam, mas é muito importante e eficaz na fase inicial para evitar maiores encurtamentos musculares, dores, ajudar no fortalecimento muscular e nas atividades diárias simples”, alerta Camila.

 

Podem se beneficiar dos serviços do fisioterapeuta neurofuncional pessoas que apresentam os seguintes sintomas:

 

– Tonteiras e/ou zumbidos;

– Perda de equilíbrio e quedas;

– Dificuldades para caminhar ou para se mover durante as atividades do seu dia a dia;

– Dificuldades para movimentar alguma parte do seu corpo que não seja em decorrência de algum trauma ou doença nos músculos e/ou ossos;

– Alterações na sensibilidade de alguma região corporal.

 

“As síndromes resultantes dos danos ao sistema nervoso diferem entre si dependendo da região atingida. As disfunções motoras e sensoriais, decorrentes de dano neurológico, interferem, qualitativamente e quantitativamente, no desempenho das atividades de vida diária, laborais e de lazer. Por isso, as pessoas devem procurar ajuda de um neurologista o quanto antes, para que os sintomas sejam tratados e, assim, possam ter uma melhor qualidade de vida”, finaliza Camila Caso.

 

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Dores

 

A dor é o sintoma mais comum na maioria das doenças, incluindo as que envolvem o sistema nervoso. Muitas pessoas acreditam que a dor seja apenas o resultado de lesões, doenças e patologias. Entretanto, há profissionais que chamam a atenção para os múltiplos fatores biopsicossociais da dor que contribuem para a sua duração e manutenção, como por exemplo: espasticidade, rigidez, imobilismo, fadiga biológicos); ansiedade, depressão, comportamentos de medo; isolamento social, dos amigos e da família, afastamento do trabalho, das atividades regulares e prazerosas (sociais); e outros fatores como crenças, mitos ou equívocos sobre a dor e expectativas irreais as quais dificultam a adesão ao tratamento.

 

Nestes casos específicos, o fisioterapeuta dispõe de uma série de recursos físicos que podem modificar a percepção distorcida da dor e diminuir a sensibilização do sistema nervoso. O controle eficaz da dor, no caso da esclerose múltipla, depende da integração do fisioterapeuta com outros profissionais de saúde, como médicos, psicólogos e terapeutas ocupacionais, com os cuidadores e com a família do paciente.

 

Trabalhar de forma multidisciplinar e interdisciplinar tem melhores resultados do que aplicar terapias isoladas. Todo o programa de tratamento também necessita estar envolvido na educação em dor para que o paciente busque o retorno às atividades, uma melhor qualidade de vida e saiba enfrentar melhor a dor. (referência artigo “Fisioterapia Neurofuncional e Dor”, dos doutores Artur Padão Gosling, Lilian Pinheiro e Patrícia Diógenes Suassuna)

 

Há alguns exercícios simples que podem ser realizados em casa mesmo e que podem proporcionar bem-estar no dia a dia do paciente. Porém, o auxílio de um profissional especializado é de suma importância quando já existe algum sintoma.

 

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Para soltar a musculatura das pernas:

Sentar com a coluna reta e realizar a flexão e extensão dos joelhos. Em pé, apoiando as costas na parede, elevar um joelho de cada vez em direção ao peito (flexionando o quadril).

 

Para soltar a musculatura dos braços:

Girar os ombros para frente e para trás, realizar a flexão e extensão dos cotovelos, rodar os punhos para fora e para dentro.

Alongamento da parte posterior das pernas e quadril:

Deitar em uma superfície reta, colocar uma toalha na sola dos pés segurando com as mãos nas pontas da toalha, puxar a perna de encontro ao peito.

 

Alongamento das costas:

Sentar em uma cadeira, afastar as pernas e soltar o tronco entre elas.

 

Equilíbrio:

Ficar na posição de gato (quatro apoios) no chão e elevar uma das mãos por 10 segundos e depois a outra. Depois fazer a mesma coisa com as pernas, esticando uma de cada vez para trás.

 

 

FONTE: http://www.agapem.org.br/portal/component/content/article/37-noticias/226-a-fisioterapia-neurofuncional-e-seus-beneficios.html

 

— 15 de março de 2017
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